Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; II Timóteo 3:16

E Os Que São de Cristo Jesus Crucificaram A Carne

E Os Que São de Cristo Jesus Crucificaram A Carne
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E OS QUE SÃO DE CRISTO JESUS CRUCIFICARAM A CARNE

 

"E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.” (Gálatas 5:24)

A MORTE DE CRISTO NA CRUZ  NÃO SÓ QUEBROU O DOMÍNIO DA LEI, COMO TAMBÉM DESTRUIU O VELHO HOMEM 

"Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos." (Gálata 4:5)  

"Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado." (Romanos 6:6)

E CRUCIFICOU A CARNE COM SUAS PAIXÕES E CONCUPISCÊNCIAS 

Deus, por sua graça incluiu todos os homens em Cristo, na cruz, para a morte – "Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram." (2 Coríntios 5:14), e nos regenerou para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos – "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos." (1 Pedro 1:3)

A nossa morte em Cristo crucificado, não se refere a morte do corpo físico, mas antes, está em foco o corpo usado pelos impulsos pecaminosos. O próprio corpo não é maligno em si mesmo, mas torna-se instrumento das paixões pecaminosas. Portanto, aqueles que estão identificados com Cristo na sua morte e ressurreição, estão libertos da prática do pecado, como também estão acima dos incitamentos das paixões e concupiscências.

John  Oatman, foi divinamente inspirado quando escreveu estes lindos versos que encerram verdades profundas, plenas de sabedoria:         

“Quero viver acima deste mundo, Embora Satanás me projete suas setas;  pois a fé apanhou o som alegre, o cântico dos santos em terreno mais alto.”

Aqueles que são de Cristo Jesus, estão libertos de toda sorte de paixões e afetos dominadores.

O Senhor Jesus abriu as portas das prisões, pôs em liberdade os prisioneiros, e  conduziu o mundo inteiro ao ano do Jubileu - "O ano qüinquagésimo vos será jubileu; não semeareis nem colhereis o que nele nascer de si mesmo, nem nele vindimareis as uvas das separações." (Levítico 25:11)

Em Cristo se cumpriu o vaticínio de Isaías, que se lê a seguir: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me para curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos, e a por em liberdade os algemados”- (Isaías 61:1)

Definindo Paixão

Conforme dizem os dicionaristas da língua portuguesa, paixão significa sentimento e emoção elevados a um alto grau de intensidade, sobrepondo-se à lucidez e à razão. É uma disposição afetiva intensa, ardente, dominadora e cega. Paixão é uma obsessão intensa e doentia, que ultrapassa os limites da lógica e da conveniência.

Os entendidos da ciência dos fenômenos psíquicos e do comportamento humano dizem que paixão é uma insanidade imperceptível na mente ou no pensamento do indivíduo que, uma vez vindo à tona, causa danos irreparáveis. Outros ainda afirmam que paixão é a degeneração do amor. Degeneração é a passagem de um estado natural a outro inferior.

Leia com atenção II Samuel 13:1-20, sobre o ocorrido com Amon e Tamar, para se ter uma idéia do que a paixão faz com as pessoas. Amon adoeceu de paixão por Tamar. Suas imaginações devassas e seus desejos perversos pela irmã ficaram fora de controle. Amon enganou a seu próprio pai, que, sem saber de seus planos, deu ordens para que Tamar cuidasse dele enquanto estivesse doente.

Tamar sem suspeitar de nada, preparava refeições e levava para o irmão que estava acamado. Ao ficar sozinho com a irmã no quarto, o desejo insano de Amon se inflamou. Quando Tamar se aproximou da cama para lhe dar comida, ele a agarrou com veemência e consumou o estupro.

Depois de ter cometido tal loucura, Amon mandou que Tamar fosse embora. Lançar fora uma mulher violentada, é pior do que a humilhação e o constrangimento do próprio estupro

Segundo as Escrituras, Amon cometeu dois crimes: estupro e incesto ao mesmo tempo -

Levítico 20:17. Os resultados do desvario de Amon violando a lei, ofendendo a Deus e ferindo os direitos do próximo, foram devastadores. Um desses resultados foi a vingança da humilhação de Tamar, por parte de Absalão, executando a morte de Amon - II Samuel 13:23-32.

Outro exemplo digno de ser lembrado para definir paixão, pode ser visto em Gênesis 34:1-7, onde se lê a triste história de Siquém e Diná. Siquém possuído de intensa paixão e desvario seduziram e violentaram a jovem Diná, filha única de Jacó. A louca paixão de Siquém por Diná resultou no assassinato em massa na tribo de Hamor pelos filhos de Jacó, para vingar a humilhação da irmã.

PAIXÃO É PRODUTO DO VELHO HOMEM

"Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões”- Romanos 6:12.

O viver do homem antes duma experiência real com a pessoa de Jesus Cristo, é de ignorância e insensatez, sujeito a toda sorte de paixões. O homem natural, sem a vida de Cristo, possui inclinação para o mal; sua perversidade é inata, e está em plena atividade em seus próprios atos. No texto a seguir, Paulo lembra a Tito, seu amado irmão em Cristo, sobre as condições deploráveis que eles viviam antes de conhecerem o Evangelho:

“Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros”- Tito 3:3.

As paixões causam conflitos e promovem guerras entre os homens. O pior inimigo do homem está dentro dele. A natureza maligna com suas sutilezas pecaminosas, e suas paixões infames, é a causadora de todas as desgraças na vida do ser humano. Esta é a razão pela qual a Escritura nos adverte:

“Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma”- I Pedro 2:11.

Os desejos físicos não são errados em si mesmos, mas, são pervertidos pela natureza humana pecaminosa. A expressão paixões carnais, referida no texto supracitado, inclui tanto os pecados do corpo, como todos os outros que são relacionados com a natureza humana decaída, descritos em Gálatas 5:19-21.

A vida humana é passageira, é contingente, é incerta, está sujeita à dissolução e ao desaparecimento a qualquer momento. Por isso a Escritura nos exorta a vivermos conforme a vontade de Deus, e não segundo as nossas paixões:

“Para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus”- I Pedro 4:2.

A vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos, e cheguem ao pleno conhecimento da verdade - I Timóteo 2:4.

A vontade de Deus é que todos os homens se arrependam - Atos 17:30.

A vontade de Deus é que todos os homens deixem seus maus caminhos, seus pensamentos iníquos, e se convertam a Cristo - Isaías 55:7.

A vontade de Deus é que todos os homens tenham fé em Jesus - João 6:40.

A vontade de Deus é que ninguém se perca - João 6:39.

A vontade de Deus é que todas as pessoas sejam agradecidas - I Tessalonicenses 5:18.

A vontade de Deus é que todas as pessoas sejam santas - I Tessalonicenses 4:3. 

A vontade de Deus é que todos os homens fujam “das paixões da mocidade, sigam a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor”- II Timóteo 2:22. 

A vontade de Deus é que todos os homens creiam na sua morte e ressurreição em Cristo, com diz a Escritura; e não sejam “arrogantes, murmuradores,  descontentes, andando segundo as suas paixões, por motivos interesseiros”- Judas 16.

O AMOR É FRUTO DO ESPÍRITO

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio - Gálatas 5:22-23.

Expressões referentes ao amor ágape, aparecem no Novo Testamento por mais de cem vezes. O amor fhileo aparece por vinte e cinco vezes. Mas, no que se refere ao amor eros, que significa amor sensual, não se encontra no Novo Testamento.

Isso não significa que o sexo seja errado em si mesmo, mas o homem em sua natureza humana pecaminosa, com suas atitudes infames e torpes,  é que faz o sexo pervertido.

O amor é a virtude essencial em todo o relacionamento humano, principalmente na vida sexual das pessoas, desde que esteja em conformidade com os ensinamentos de Deus nas Escrituras. Deus é amor - I João 4:8, e do amor nascem todas as virtudes.

O AMOR É A FONTE DE TODO O BEM

O amor é maior de todas as virtudes cristãs, é mais importante do que a fé e a esperança - I Coríntios 13:12. Sem o amor nada somos.

O amor não consiste em mera emoção; mas, é uma qualidade da alma, mediante a qual o indivíduo ama o próximo como a si mesmo. O amor é a disposição do caráter que leva a pessoa a considerar o seu semelhante com afeição, com respeito, com estima, com justiça e compaixão.

O AMOR É UMA DAS EVIDÊNCIAS DO NOVO NASCIMENTO

O amor é a essência do Evangelho. Daí, o testemunho vivo das Escrituras a respeito daquele que nos deu o maior exemplo de amor:

“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor de seus amigos- João 15:13

É o amor de Cristo em nós que nos impele a amar uns aos outros. Agostinho afirmou com muita sabedoria: “Um coração que ama incendeia outro.

AMOR VERSOS PAIXÃO

“Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, e ainda que eu entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará”- I Coríntios 13:1-3.

A palavra paixão não está expressa em I Coríntios 13. Entretanto, no comentário a seguir, ela é usada para mostrar a grande diferença entre amor e paixão.

O amor é paciente, a paixão é agitada, inquieta. O amor é benigno, a paixão é maligna. O amor não arde em ciúmes, a paixão é ciumenta, ressentida. O amor não se ufana, não se ensoberbece, a paixão é arrogante, ostentosa e soberba. O amor não se conduz de modo inconveniente, não falta com o decoro, a paixão é indecorosa, oposta à sensatez e a decência. O amor não procura os seus interesses, não busca benefício próprio, a paixão quer levar vantagem e proveito em tudo. O amor não se exaspera, não se irrita, a paixão é agitada, impetuosa e violenta. O amor não se ressente do mal, a paixão se sente ofendida e magoada por qualquer coisa. O amor é santo, a paixão é impura e sórdida. O amor é divino, a paixão é terrena, é mundana. O amor outorga a vida, a paixão mata. Enfim, o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta; a paixão não admite sofrimento, é incrédula, não espera e nada tolera. O amor cresce ao ser desfrutado, a paixão se desgasta. O Amor jamais acaba, a paixão dura pouco tempo.

Por isso meus amados, o Senhor Deus nos exorta a fugir apressadamente de todas as formas de paixões e concupiscências: “Foge, também, das paixões da mocidade.

Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor”- II Timóteo 2:22.

Por tradição, ou por não conhecer a verdade, muitos usam a palavra paixão no lugar do amor, com a intenção de estar fazendo uma coisa boa, de estar agindo de maneira justa e legal. Muitas vezes ouvimos alguém dizer que está apaixonado por uma determinada pessoa. O sentido correto seria dizer que, o seu amor por aquela pessoa é real e verdadeiro.

Portanto, se alguém lhe disser: Estou apaixonado por você; saiba, porém, que isso não é amor, é obsessão cega, interesseira e egoísta. Não seja tolo, fuja às pressas, rapidamente. Que bom seria  se todas as pessoas  pudessem dizer: Amor sim, paixão não.

 



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